"O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo o teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão em ti." (Mestre Jesus Cristo).

domingo, 14 de novembro de 2010

Banhos


Banhos II
Duas coisas existem dentro do Ritual da Relação de Umbanda, de grande importância: são os banhos de ervas e os defumadores, em suas diversas formas, quer para médiuns iniciantes, quer para os que se consideram iniciados ou desenvolvidos.
Desde as mais remotas épocas, os "banhos", como veículos de purificação, foram considerados e ainda o são, parte integrante do sentimento religioso e ,haja, vista como as multidões, na lendária Índia, são levadas, por este sentimento a banharem-se nas águas do Ganges, cumprindo, religiosamente, parte de um ritual que consideram um ato sagrado.
Vemos também que o uso dos banhos fazia parte integral da iniciação entre os Essênios (esta palavra tem origem na Siríaca "ASSAYA" e significa Médicos – em grego terapeuta), estes mesmos onde, segundo vários escritores categorizados, Jesus tinha praticado. Os Essênios possuíam o conhecimento das propriedades das plantas, quer para a parte das doenças do corpo físico, quer para as do corpo astral, sendo que nesta parte eram considerados como pontos básicos, em seu ritual ou liturgia.
Os "banhos", portanto, usados criteriosamente na Umbanda, não são para "supersticiosos de uma religião bárbara", segundo o conceito de certos "espiritualistas" que não entendem ou simulam não entender do assunto.
O uso destes banhos, de grande importância, em suas fases de Iniciação ou Liturgia, depende do conhecimento e uso das ervas ou raízes, nas suas diferentes qualidades e afinidades, que devem entrar na composição dos mesmos, não se podendo facilitar quanto a isto.
É de capital importância a época, dia e hora em que os ingredientes devam ser colhidos, bem como prepará-los e executá-los, de acordo com os dias e hora determinados para uso, sendo preferível usar pessoas especializadas para a colheita das plantas.

JAMAIS OS RESPONSÁVEIS PELA PARTE INTRÍNSECA DE UM RITUAL, DEVEM PERMITIR QUE ESTES BANHOS SEJAM ADQUIRIDOS NOS “BALCÕES", PELO ÚNICO MOTIVO DE NÃO OBEDECEREM À SELEÇÃO DE "QUANTIDADE, QUALIDADE E AFINIDADE PLANETÁRIAS E MEDIÚNICAS" INERENTES À FINALIDADE DO USO.

Igualmente, estas ervas que se rotulam como banhos de "descarga", para "abrir caminho", descarregar isto ou aquilo, etc., são secas, já estando com suas células vitalizantes em estado de não precipitar ou agir com a precisão desejada em relação com a urgência do caso. Mesmo porque as ervas secas são mais apropriadas aos defumadores e ainda porque, uma certa falta de critério, pode acarretar consequências a quem as adquirir, e mesmo porque não nos consta que os fabricantes destes "banhos" ou defumadores, sejam iniciados na Lei de Umbanda. Quem nos prova esteja capacitado a fazê-los?
Sabemos que muitas pessoas se sentem bem, momentaneamente, com qualquer espécie de "banho de descarga", mas apenas por uma questão de fé, auto-sugestão, etc.

Entretanto, no sincero propósito de orientarmos, tanto quanto possível, os que não tenham uma diretriz já definida sobre o assunto de banhos de ervas, passaremos a identificar no Ritual da Religião de Umbanda, BANHOS PARA QUATRO FINALIDADES, que embora se distinguindo , entrosam-se para um só objetivo: o espiritual. 
Temos portanto:
Banho de Essência 
Banho de Eliminação ou descarga 
Banho de Fixação ou Ritualístico 
Banho de Elevação ou Litúrgico